segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Dia do Catequista

Ide e pregai o Evangelho a toda criatura

        A Igreja Católica celebrou ontem, dia 29 de agosto, o dia nacional do catequista. Na ação pastoral da vida eclesial é tão importante a missão do catequista, verdadeiros evangelizadores, que Jesus, antes de começar sua pregação, escolheu seus doze discípulos, que deveriam se espalhar pelo mundo inteiro, anunciando a boa nova, isto é, evangelizando as pessoas.
        O número 12, na Sagrada Escritura, tem um sentido de totalidade, plenitude e, realmente, esses doze discípulos se multiplicaram em progressão geométrica e, entre eles, nós temos os catequistas, homens e mulheres dispostos a levar às crianças, aos adolescentes, aos jovens e aos adultos a mensagem de Cristo, promovendo a catequese renovada, à luz do Concílio Vaticano II.
        Os catequistas e as catequistas lembram o próprio Senhor Jesus, pois, além de apresentarem o projeto do Pai a outras pessoas, pretendem formar novos discípulos missionários.
        Nosso Senhor Jesus Cristo nos ajuda em seus métodos de evangelização, catequese e apostolado: Ele começa pela vida, em seus aspectos comuns, de forma a levar o povo à revelação do seu Evangelho.
        Quando Ele disse a seus discípulos: “Ide e pregai o Evangelho a toda criatura”, estava iniciando com eles um trabalho de catequese, que foi multiplicado até os dias de hoje.
        O mundo está tão conturbado com guerras, violência, ganância, egoísmo que pouca gente quer escutar a Palavra de Deus. É por isto que é muito louvável o trabalho do catequista nos nossos dias porque ele precisa abrir os olhos e os ouvidos das pessoas para a realidade sempre atual, em todos os tempos, da Palavra de Deus.
        Que Deus, com largueza e profusão, abençoe nossos catequistas, homens e mulheres que, espontaneamente, se dedicam a transmitir ensinamentos cristãos. Que eles continuem no seu propósito de evangelizar e que consigam formar novos operários para a messe do Senhor, na escola da nova evangelização de discípulos-missionários.


Dom Eurico dos Santos Veloso
Arcebispo Emérito de Juiz de Fora (MG)

(Fonte: Adaptado de http://www.cancaonova.com/portal/canais/formacao/internas.php?e=11993)

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

A firme decisão

A vida é marcada por momentos de decisão, seja para o bem ou para o mal. É importante que seja assim, porque sem decisão e determinação, ficamos perdidos e inseguros, sem rumo e desorientados em meio a tantas opções da vida hodierna.

Ser decidido é experimentar um ato libertador. É agir com liberdade assumindo as exigências próprias do caminho escolhido. Isto é o que deve acontecer na prática da vida do cristão. O que lhe dá segurança e rumo certo é sua adesão ao projeto de vida de Jesus Cristo.

Jesus foi decidido e consciente na missão. Ele sabia das consequências, inclusive da morte na cruz. Não tinha "ficha suja", entrando até no embate contra a prática suja e injusta de seu tempo. Isto custou-lhe a morte com todos os requintes de sofrimento.

A história do cristianismo é marcada por seguidores cristãos. Jesus deixou bem claro e determinado as condições para quem desejasse segui-lo. Anuncia que a verdadeira segurança está em Deus. O caminho do discípulo é de generosidade, de comprometimento e entrega constante.

Há um convite explícito para isto, como disse Jesus: "Segue-me" (Lc 9, 59), que exige disponibilidade para servir com gratuidade. Sabemos que isto não é fácil numa cultura capitalista. Exige, sim, determinação ou firme decisão.

O encontro livre da pessoa com Deus faz com que ela tenha uma profunda mudança de rumo na vida. Sai da escravidão do coração egoísta do mundo do ter e do individualismo, experimentando a liberdade cristã, que possibilita colocar a vida a serviço dos outros.

A liberdade em Deus produz frutos saudáveis: "amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, lealdade, mansidão, domínio próprio" (Gl 5, 22-23). A escravidão é marcada pela falta de amor e pelo egoísmo, que destroem a vida comunitária e os laços de fraternidade.

Jesus Cristo e a Igreja convidam discípulos para colaborar na construção do Reino de Deus. Mas pessoas de firme decisão, de ação e testemunho, capazes de assumir os desafios da missão, com amor gratuito e despojado dos encantos da sociedade de consumo.

DOM PAULO MENDES PEIXOTO
Bispo de São José do Rio Preto – SP